Preciso falar sobre algo que nos aprisiona: A mente.
Como o som de correntes fantasmagóricas se arrastando por escuros corredores, a mente nos perturba, nos faz crer que precisamos provar aos outros que temos razão, nos envolve em intermináveis conversas internas, nos tira o sono e a paz. Tudo isso acontece porque acreditamos que a mente contém as respostas, as soluções para nossos impasses na vida, basta que nos esforcemos mais.
E assim caímos na armadilha.
Nossa energia se esvai nesse cansativo turbilhão mental que não leva a lugar algum. Ficamos exaustos de tanto pensar.
Dentro de nós existe um lugar de profunda paz.
Um templo silencioso onde mora a nossa sabedoria.
Um espaço tranquilo e quieto, onde as sementes do novo podem se manifestar, onde a criatividade pode atuar, nos mostrando o que a mente nunca será capaz de perceber.
É lá que mora a sua intuição, bem perto do seu coração.
Para chegar a esse lugar, precisamos parar.
Parar de fazer, de buscar, parar de nos esforçar.
Parar tudo e aceitar o que quer que esteja acontecendo dentro de nós.
Apenas contemplar.
Após termos feito o necessário, precisamos confiar em nós mesmos e no Universo.
Nos deitar nesse espaço quieto, onde ouvimos as batidas de nosso próprio coração. E é de lá, a partir daquele som, na paz da pulsação da vida, que pode surgir uma nova direção.
Sem esforço.
Não um caminho conhecido pela mente, e sim algo original e realmente transformador.
Tente por si mesmo.
Se estiver em meio a um conflito, ou problema, se tem se esforçado em entender ou resolver, experimente agora parar de buscar respostas ou culpados, parar de procurar a solução.
Volte-se para dentro e fique com o que quer que esteja sentindo.
Aceite isso.
Abrace a si mesmo, como a terra fértil abraça a semente.
Faça isso pelo tempo que for necessário, e um dia, quando menos esperar, um broto sairá da terra.
Novo, fresco e belo, como tudo que faz parte da natureza.
Fazer isso é cessar a luta, é deixar sua alma lhe guiar, é escolher viver em paz, fluindo em harmonia com a vida.
Ilusão
Seu medo é um castelo de ilusão à beira do mar da consciência.
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