Para viver bem é preciso amadurecer, mas como ganhar maturidade? Como aprender a fluir pela vida sem perder-se nas armadilhas emocionais? Como estabelecer relações amorosas sem os perturbadores arroubos emocionais?
Antes de mais nada precisamos compreender que amadurecer se trata de um “processo”. Não acontece só porque queremos, de um dia para o outro. Acompanhem o amadurecimento de uma fruta qualquer e compreenderão o que digo.
Todos nós fomos moldados por algo externo em nossas primeiras interações familiares e sociais. Nascemos, mas é como se isso não tivesse acontecido. Nascemos para “os outros”. Não nascemos para nós mesmos. Fomos afastados de nossa essência e, como argila, recebemos a forma que nos atribuíram. A isso chamamos “personalidade” .Não que isso tenha ocorrido por crueldade. Aqueles que nos receberam neste planeta também vieram de distorções, vocês percebem?


Enquanto permanecermos identificados com nossa personalidade, seremos inevitavelmente reféns dos condicionamentos que recebemos. Podemos nos polir um pouco aqui e ali… mas nunca haverá real liberdade de ser, entendem?
A verdade é que ainda nem nascemos. Reagimos como robôs. Somos tomados por controles que nos foram implantados quando ainda eramos por demais pequenos. Não há possibilidade de maturidade emocional se você é um robô e reage a tudo. Se é controlado pelo que vem de fora de você.


Para conquistar a paz de não mais ser um joguete na vida, você precisa nascer. Precisa passar por aquele ponto em que se afasta de tudo e todos, e vai ao encontro de si mesmo. Não estou falando de virar um ermitão e abandonar toda e qualquer interação social. Estou falando de um afastamento interno. Afastar-se do que o mundo espera de você e mergulhar na solidão de acolher a si mesmo em sua inteireza. Não é fácil se fazer algo assim. Não há bases ou referências que guiem seus passos. Apenas entrega. É preciso saltar no abismo, na confiança de que existe algo lá dentro de você, com os braços abertos, pronto a te segurar.
Amadurecer não é para qualquer um.
Alguns só envelhecem.
Há que se ter coragem.

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