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Para além do julgamento mora o verdadeiro amor

É impossível determinarmos o motivo pelo qual uma pessoa age desta ou daquela forma.

Muitas vezes nem ela mesma o saberia dizer.

Assim, não pretenda saber o que não pode ser conhecido a partir de um olhar externo, e saiba que tudo o que você vê desta maneira, nada mais é do que uma projeção do desconhecido que te habita, daquilo que existe em seu íntimo e que você se recusa a ver.

Apenas quando vencemos a arrogância que nos diz sermos detentores do conhecimento sobre o outro e nos damos conta, de verdade, da fragilidade de nossas certezas, nos tornamos merecedores de relações onde a compaixão abrace a todos os envolvidos em plena aceitação, permissão, amor e entendimento.

Libere de si qualquer gota de julgamento que ainda o habite.

Permita que todos sejam o que precisam ser.

Entenda que assim, e só assim, você se torna verdadeiramente livre.

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Suas carências impedem que você ame.

Como um filtro distorcido, quando você olha para o outro através de suas carências, você lhe nega um de seus maiores valores: a liberdade.
Você não permite que o outro seja simplesmente quem é.

Você, como uma criança mimada, exige que o outro aja de forma a tapar os seus buracos, corresponder às suas expectativas, satisfazer os seus desejos.

Você enxerga as atitudes do outro de forma absolutamente autocentrada, como se você fosse o centro do Universo e as atitudes do outro tivessem a intenção de te ferir.
Isso não é verdade.
Nada está mais longe do amor.
Enquanto você não curar a si mesmo de suas carências, permanecerá experienciando relacionamentos que fatalmente lhe trarão imensa frustração.
Apenas quando nos sentimos plenos e em paz com nossa inteireza, podemos permitir ao outro a existência, a liberdade de ser quem é.
Ao abraçarmos nossas faltas, nos libertamos e libertamos o outro.
Isso sim é amor.

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Muitos pensam no amor como um sentimento, mas a partir da minha perspectiva, amor não é um sentimento.

O amor é um lugar.

Um lugar sagrado e incrivelmente belo, que existe dentro de cada um de nós.
Quando chegamos a esse lugar, uma porta se abre em nosso peito, e através dela nos conectamos com tudo o que existe, absolutamente tudo, sem restrições.
Amamos o belo e o feio igualmente, pois amor é a ausência de separação.

Ausência de distância entre nós e os outros, entre nós e a natureza, entre nós e o todo que nos cerca.
Amor é essa consciência luminosa de que somos um.

É se sentir tão em unidade que nada falta.

É a paz que vem dessa sensação.

É um desejo enorme de compartilhar isso com toda e qualquer pequena fagulha de vida.

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Você faz, em sua mente, uma extensa lista de exigências ao ser amado e chama isso de amor.

Isso não é amor.

É seu ego tentando controlar o outro, tentando forçá-lo a satisfazer seus desejos.
Amor é a plena aceitação do outro como o outro é.

Amor é compreender que o outro não está em sua vida para “remendar” os buracos que você traz de seu passado.

Amar é enxergar o outro como um ser livre.

A frustração vem toda vez que você se esquece disso.

Assim, se você deseja caminhar na direção do amor, respire fundo.

Livre a sua mente de todo esse lixo que polui suas relações e, se puder, olhe amorosamente para o outro, para esse Ser que está fazendo o melhor que pode neste momento.

E se, ainda assim, constatar que aquela relação é insatisfatória para você, se o outro não consegue, ou não quer, mover a si mesmo, elevar-se, então retire-se delicadamente.

“Sem julgar o outro.”

Tente compreender EM VOCÊ o que o levou a atrair uma relação dessa maneira.

Perdoe a si mesmo e siga em frente.

Saia desse círculo vicioso de exigências e frustrações.
Às vezes partir é amar.

Ao outro.

E a si mesmo, em primeiro lugar.

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Amor.

Ninguém nasce sabendo, mas hoje em dia é como se todo mundo fosse “expert” em amar.
Para aprender a amar de verdade é preciso arriscar, sair do lugar que considerávamos seguro.

Amar implica em se expor, errar, viver experiências, muitas vezes tropeçar.
Vamos aprendendo aos poucos que para amar é preciso antes entender que o outro não é um ser criado por nossas fantasias para nos satisfazer.
O outro tem vida própria, seus próprios sonhos e tem o direito de existir.

O outro não tem por obrigação tapar nossos buracos, sanar nossas carências, nos salvar ou assumir aquilo que cabe a nós transformarmos em nós.
Um relacionamento não tem que ser perfeito para funcionar, tampouco precisa seguir a ditadura do consenso.

Há que se ter espaço para errar, para discordar, para se expressar a verdade, mesmo quando esta é desconfortável.

Isso só acontece mesmo quando há imensa confiança e respeito.

Quando aceitamos o outro como é, quando compreendemos que integrar sombras é parte importante de um relacionamento.

As sombras virão. As suas. As de seu parceiro.

E quando chegarem, se você quiser ir além da superfície, viver uma relação de verdade, não seja vencido pelo medo.

Não fuja.

Sente-se com cada uma delas e as abrace.

Traga-as para bem perto, para o fogo transformador que brota de seu coração.

Saiba que, por maior que sejam, as sombras se desvanecem na presença do amor.

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Se você se preocupa com o que os outros pensam e esperam de você, se tenta corresponder às expectativas que projetam sobre você, a consequência é que você começa a se afastar da sua verdade, do seu verdadeiro Ser.

O nosso verdadeiro Ser é a nossa essência, e é de lá que brota a energia vital que nos mantém vibrantes, alegres e cheios de vida.

Se você fica tempo demais afastado de si mesmo, não tem onde se nutrir, é como um celular longe de sua fonte de energia. Você começa a apagar.

Longe de nós mesmos, nos sentimos cansados, sem energia, sem alegria, sem vontade de seguir em frente. Tudo vai parecendo cinza e sem sentido. Tedioso.

Quando você se sente assim, é sinal de que está traindo a si mesmo de alguma maneira.
Perceba e corrija o rumo o quanto antes, ou acabará por adoecer.

Ouça. Não estamos aqui para agradar as pessoas ou cumprir suas expectativas.
Estamos aqui para brilhar a luz que somos!

Em um relacionamento afetivo, quando você ama a si mesmo, você não sofre quando o outro deixa de corresponder ao seu amor, ou quando o outro passa a trilhar caminhos diferentes dos que você deseja seguir, afastando-se de você.
Você simplesmente se desconecta.
Não que isso seja uma escolha, uma reação, uma provocação ou vingança.

Não.
Essas seriam ações egoicas.

Você simplesmente se desconecta, porque você e aquela pessoa passam a vibrar em faixas diferentes.
Isso acontece naturalmente.
Não é fruto de raiva ou ressentimento.

Você pode até continuar sentindo amor por aquela pessoa.
O amor não se desfaz.

Mas o relacionamento sim, abrindo espaço para que uma outra pessoa, que vibre numa energia mais próxima à sua, possa se aproximar.

O amor que temos por nós mesmos nos mantém constantemente em um fluxo pacífico e amoroso e torna a vida um colo pleno de oportunidades.
Se você não souber por onde caminhar para chegar ao amor, comece aprendendo a amar, intensa e profundamente, a si mesmo.

intolerância

Andamos intolerantes demais.
Por pouco já perdemos a paciência, julgamos, desistimos, condenamos.
Praticar a tolerância é semear paz.
Talvez isso comece como um pequeno jardim, pequenas flores brancas surgindo aqui e ali. Não despreze seu potencial transformador. Perceba que todos somos prismas multifacetados. Ao praticar a tolerância você estará emitindo inúmeros reflexos dessa qualidade ao seu redor, e então as pessoas à sua volta começam a se tornar tolerantes também.
Precisamos ajudar uns aos outros a encontrar o equilíbrio em meio às imperfeições deste mundo.
Às vezes os conflitos são verdadeiramente inevitáveis, mas precisamos deixar de ser bombas que explodem ao menor toque.
Assim se cria um espaço no qual se estabelecem relações mais respeitosas e harmoniosas.
Assim damos nossa contribuição para a paz.

sofrer

Na maioria das vezes, o que nos faz sofrer não é o que acontece em sua vida.
É a nossa teimosia em insistir que as coisas aconteçam segundo as nossas expectativas.
O que nos faz sofrer é a nossa tentativa de fazer o mundo se dobrar aos nossos pés.
É a nossa ansiedade, essa ignorância em querer colher, antes da hora, o broto que ainda não teve tempo de florescer.
É o nosso apego, a nossa recusa em deixar cair a fruta que já amadureceu e acaba por apodrecer.
O que nos faz sofrer é a nossa cegueira, que nos impede de confiar que tudo segue como deve ser.
O que nos faz sofrer é a nossa, incapacidade de colaborar com o Universo, e o desperdício dessa imensa força que gastamos lutando contra a vida.
O que nos faz sofrer é a nossa arrogância, essa mania de achar que sabemos mais do que essa energia divina que rege a existência.
Ah… aprendamos a entregar-nos à luz que nos habita.

Viver pode ser uma aventura, uma leve celebração, uma dança…

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Quando queremos “muito” alguma coisa, tendemos a nos atrapalhar, a tentar forçar o mundo a nos servir, a usar mais força do que o necessário, correndo o risco de causar um movimento na direção contrária da desejada.
O caminho na direção de nossos sonhos é uma dança na qual é preciso rodopiar pelo salão, se deixar levar, sem perder de vista onde se quer chegar.
Requer entrega, graciosidade e leveza.
É preciso aprender a confiar.

Podemos fazer isso observando o curso de um rio, o voo de uma borboleta rodopiando ao vento, as folhas que se desprendem do galho da árvore, abrindo espaço ao novo.
Feche os olhos, imagine em detalhes o que deseja manifestar, e depois siga, dance com vida, com a graça de quem sabe estar sendo levado de volta ao seu lugar.