amor

A vida se dá a nós na medida de nossas crenças.
O problema é que somos tão inconscientes que permitimos que existam em nós espaços inexplorados, mal-assombrados, habitados por fantasmas do passado, medos e ideias herdadas.
Vivemos na superfície de nós mesmos, de braços dados com a pueril superficialidade que diz ser capaz de amar, mas somos manipulados, como marionetes, por essas amarras inconscientes que nos recusamos a ver e transformar.
Enquanto você não compreender que existe algo “em você” destinado a destruir a estrada que leva ao amor, seus relacionamentos continuarão fadados a desmoronar na primeira curva do destino.
Busque em si mesmo a fonte de sabotagem.
É lá, no seu íntimo, que você a pode encontrar, e não nas projeções que você faz sobre seus parceiros.
É sempre algo entre nós e nós mesmos.

 

O amor é para quem voa alto

O voo solitário da águia a aproxima do amor de uma maneira que ovelha nenhuma jamais seria capaz de sequer sonhar.

Precisar não é depender

Sim.
Precisamos uns dos outros.
Precisamos das lições que nos trazem aqueles que cruzam nossos caminhos. Precisamos de seu carinho, precisamos de uma mão que segure a nossa nos momentos de fragilidade.
Precisamos de ouvidos atentos, de abraços verdadeiros e de delicadeza.
Precisamos ter a quem contar nossos sonhos, para que os possamos ouvir.
Mas, ouçam, “precisar” não é “depender”.

Não é desculpa para abrirmos mão de trilhar nosso próprio caminho em direção à autonomia, para nos acomodarmos, para colocarmos sobre o outro a responsabilidade de nos cuidar.
Não há honra em sermos carregados, tendo pernas para andar.
Cada um de nós é responsável por encontrar e trilhar seu próprio caminho. Não há como delegar isso a alguém sem que isso se converta em distorções nesse relacionamento.
Todos somos capazes de manifestar algo que tenha valia para o todo.
Não existe NINGUÉM que não seja capaz de cumprir o que sua alma projetou.
É para isso que estamos aqui.
Estamos aqui para caminhar.

 

Em um momento somos pressionados, por uma sociedade repressora e religiosa, a assinar, com sangue, sufocantes contratos de “amor” eterno.

Temos constantemente nos visto naufragar no barco do “até que a morte nos separe.”

No momento seguinte, somos inversamente catequizados por essa atual onda de uma ainda confusa liberação, a experimentar o amor livre, com toda a variação de entendimentos do que isso possa significar. Surfar essa onda, sem um lastro de virtudes, tem feito com que liberdade e libertinagem não se possam desvencilhar e assim acabamos, muitas vezes, perdendo o pé da situação.

_ Não seria um ato de amor cessarmos os julgamentos, pararmos de ditar regras e permitirmos que cada um siga o que manda seu próprio coração?

Ouçam. Nunca existirá um caminho único que contemple a maravilhosa diversidade humana. Há um imenso potencial de aprendizado em QUALQUER experiência e não cabe a NINGUÉM determinar a cor do aprendizado alheio.

Quer saber? Encontre alguém que tope trilhar o mesmo caminho que você e vá em frente, seja para onde for.

amor mora do outro lado

Toda vez, em nossas vidas, que nos aproximamos de algo realmente transformador, é como se estivéssemos frente a portais que podem abrir caminho para uma nova realidade.
Para atravessá-los, no entanto, é preciso que tenhamos nos tornado capazes de sustentar sua vibraçāo.
É preciso que tenhamos a energia, a coragem e a pureza necessárias.
Seremos testados, disso podem estar certos.
Seremos confrontados por aquilo que mais nos amedronta, pela fria esfinge que nos habita.
Se o medo vencer, o portal se fecha e precisaremos dar uma nova volta no ciclo da vida até chegarmos novamente a esse ponto de passagem.
Só o amor em nós pode vencer a esfinge.

Só o amor.

entrega

Toda interação com outro ser humano se dá no campo do imprevisível.
Não existirão, jamais, certezas ou garantias.
Sendo assim, precisamos compreender que, se de verdade abrirmos espaço para uma pessoa em nossa vida, não poderemos ter nenhum tipo de controle.
Quando de fato nos entregamos, ficamos lá, nús, de peito aberto, expostos ao que der e vier, correndo o risco de sermos feridos até os ossos.
Haja coragem.
O ego é incapaz dessa entrega.
Apenas a alma, impulsionada por sua coragem divina, e amparada pela consciência de que somos capazes de lidar e aprender com tudo que se suceda, é capaz de tamanha ousadia.
A alma sabe que a verdadeira entrega não é a nossa entrega ao outro, e sim ao amor que nos habita.
Não importa quais sejam as escolhas do outro, o amor em nós estará sempre lá para nos amparar e nunca irá nos ferir, trair, rejeitar ou abandonar.
Saber disso é tirar o poder do medo.
Livres do medo, somos finalmente capazes de voar, criar as mais belas trocas, nos relacionar de forma aberta e verdadeira, sem máscaras ou edições.
Livres do medo encontramos o real caminho, o único que permite a paz, a entrega e a cura nos relacionamentos.
O amor só sabe amar.

amor próprio

Observando os relacionamentos afetivos, percebo que muitas vezes as pessoas aceitam ser tratadas com menos amor do que merecem.

Permanecem em relacionamentos com quem as trata com pouca consideração, pouco cuidado, pouca atenção, pouca disponibilidade para se importar, para ouvir, para acarinhar e, muitas vezes, até para respeitar.
A verdade é que não aprendemos a ser amados, o que faz com que nos contentemos com migalhas.

Dentro de nós vive uma criança que sofre e anseia por um amor que nunca recebeu.
Apenas quando aprendermos a nos amar poderemos estar prontos para uma relação verdadeiramente amorosa.
No dia em que sentirmos esse amor, nunca mais permitiremos que alguém nos trate com menos amor do que esse amor que somos agora capazes de dar a nós mesmos.
Essa é a cura.
Essa cura interrompe a continuidade do estabelecimento de relacionamentos tóxicos que temos passado de geração a geração.

Simples assim: Ou você está feliz nessa relação, ou não.
E se a resposta é não, se você já tentou tudo e a conexão não se estabeleceu, você não pode mais se dar ao luxo de desperdiçar sua energia, ou seu tempo.
Deixe ir.
Rompa com os apegos e ampare-se no amor que tem por si mesmo.
Ouça:
Quando você encontrar alguém que estiver vibrando na mesma frequência que você, tudo fluirá sem esforço.
Não digo que será perfeito.
Digo mais.
Será divinamente “imperfeito”.
Um relacionamento perfeito não nos serviria para o propósito maior dos relacionamentos : Evoluir.
Precisamos de relacionamentos imperfeitos, para que possamos nos aprimorar, crescer, aprender e ensinar.
Mas é preciso sim que exista algo que flua e nos conecte ao outro, uma espécie de ligação em um nível maior, que acolha e suporte a imperfeição, sem se abalar.
É preciso a escolha refeita diariamente de seguirem juntos, sem que se perca a individualidade, e que essa escolha seja consciente e confortável para ambos.
É preciso que ambos nutram a semente de amor dando-lhe atenção, com alegria, sem se sentirem sobrecarregados por isso.
É preciso a coragem de expor a alma, mostrar-se nu, correr o risco de desvestir a armadura e abrir os braços, oferecendo ao outro a doce vulnerabilidade de um peito aberto.
Ou isso está presente, ou o relacionamento não está embasado no que é real.
Gente madura quer profundidade.
Amor de verdade requer esse nível de maturidade.
Não é para todos.

em busca do amor

Você já caminhou muito na vida em busca do amor.

Já se enganou, já se iludiu, já acreditou em quem não devia, já tentou se forçar a gostar de alguém que achava bacana, já gostou de quem não gostava de você.
Já se arrependeu de ter sido bom com quem não merecia, já se arrependeu de ter sido mau com quem também não merecia, já foi ingênuo, já foi egoísta, mentiu, dissimulou, pulou de cabeça em piscina vazia, se espatifou.
Até que um dia cansou.

Compreendeu exatamente o que quer e o que não quer.

Amadureceu.

Entendeu que o amor não está no outro, mas em si mesmo, e em tudo o que existe.
Já não aceita menos do que o amor que já sabe se dar.

Não tem paciência para jogos, para gente que não sabe o que quer, para superficialidades, para se vestir de mentira para conquistar alguém.
Já não aceita estar com aqueles que tem medo de sentir, ou que sentem com avareza. Criou aversão a conta gotas.
Não acredita em falsas promessas, nem inventa pessoas idealizadas, sabe que essas só existem na imaginação.
Quando amadurece você já não é seduzido por qualquer sopro de desejo.
Só o real o encanta.
Você se tornou inteiro.

Você, que acredita estar em um relacionamento amoroso, responda a si mesmo uma pergunta:
_ O que você faz quando os desafios vem?
Sai correndo procurando algo mais simples?
Pois os relacionamentos amorosos não se tratam de superficiais espaços de entretenimento, cobertos com glitter e luzinhas coloridas.
Os relacionamentos são sim lindos espaços de encontro, troca e celebrações, mas sua mais importante função é nos fazer crescer.
Aí reside o poder dos relacionamentos.
Nos transformar.
Nos lapidar.
Nos impulsionar para cima.
Ouça. Nem sempre isso é fácil.
Quando nos relacionamos afetivamente, nossas máscaras são arrancadas e tudo aquilo que ainda não está equilibrado em nós é revelado com uma implacável nudez.
Estar numa relação inclui não apenas dois seres luminosos, mas suas sombras também.
Os tesouros são sempre guardados por dragões, você já pensou no significado disso?
Se você foge à primeira baforada do monstro, não é digno dos diamantes.
Assim é.
Mas àqueles que possuem o coração puro e são confiantes o suficiente para enfrentar o dragão, estão reservadas as mágicas delicadezas da vida.
Os diamantes.
A luz.
O mais belo e verdadeiro amor.

O perdão não pode chegar enquanto for uma obrigação criada pela mente.
Se você está sentindo raiva de alguém, a raiva é a sua verdade.
A verdadeira raiva é mais saudável do que a máscara do perdão.
Sinta-a.
Em sua plenitude.
Não a despeje sobre ninguém.
Apenas sinta.
Assuma, no entanto, responsabilidade por qualquer sentimento que brote de você.
Independentemente do que o outro lhe tenha feito, equilibrar isso que pulsa em seu íntimo é “sua” tarefa.
O Universo é divinamente justo.
Não cabe a você colocar em ação atitudes vingativas.
Entregue.
Afaste-se se necessário, preserve a si mesmo.
Não desperdice sua energia odiando ninguém.
Direcione essa preciosa energia a si mesmo, na forma de proteção, acolhimento, cuidado e amor.
Pegue a si mesmo no colo.
Trate a si mesmo com respeito, gentileza e delicadeza.
Quanto maior você se tornar, menor será a ferida que lhe causou dor, até que um dia você será tão grande que mal a conseguirá enxergar.
A isso chamo perdão.
Quando nos tornamos grandes assim compreendemos também que não havia nada a ser perdoado.
Tudo está a serviço da nossa evolução.

amor-patricia-gebrim

O Amor é um estado de consciência.

Um nível elevado de vibração que nos permite perceber tudo em conexão.
É a energia que derruba os muros que nos separam das pessoas, dos rios, das florestas, dos animais e de qualquer forma de vida.
Amor é um estado de plena unidade.

Amor e relacionamentos são coisas diferentes.
É possível amar uma pessoa sem estabelecer com ela relacionamento afetivo.
É possível terminar um relacionamento, e seguir amando.

É possível relacionar-se por toda a vida com alguém sem que nunca o tenhamos amado.

Só não é possível sermos plenos quando o amor deixa de ser vivenciado.