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Confiar naquilo que vemos não é confiar.

Confiar é passar anos caminhando por um deserto, em paz, com a absoluta certeza de que em algum lugar existe uma flor pronta a nos acolher no perfume de suas pétalas.

Confiar é olhar através das palavras de incompreensão de uma pessoa querida sem se abalar, sabendo que por trás de suas palavras ásperas, existe um espaço ainda inexplorado, um espaço de pleno amor.

Confiar é dar de si mesmo quando se nada tem, pois o coração sabe que o Universo é próspero e suas bênçãos se estenderão a nós no momento certo.

Confiar é ser maior do que o medo e abrir o coração em meio às dores, às tormentas e ao caos, amparado pela sabedoria de que tudo que não brilha nada mais é do que uma ilusão.

A confiança é, muitas vezes, um caminho aparentemente solitário.

Digo “aparentemente” porque, quando confiamos, nos integramos à fonte de tudo o que existe e nos percebemos acompanhados por toda a Vida que pulsa em todas as galáxias que já existiram ou venham a existir no Universo.

Não espere o mundo ao seu redor se aquietar para que você possa confiar.

Confie brandamente e, dessa maneira, torne-se um pacificador do mundo.

 

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Quem tem força de continuar acreditando no Ser humano após ler os noticiários.

Quem continua acreditando na vida após ter perdido algo ou alguém que muito amava. Quem continua acreditando no amor após ter tido o coração partido em mil pedaços.
Nós somos incrivelmente maravilhosos quando seguimos em frente, e mesmo em meio à tormenta, damos o nosso melhor.
Se você quer encontrar a paz, saiba que a paz não é para todos.

Sabe aquela sensação deliciosa de chegar ao topo de uma montanha após uma árdua caminhada?

Quando a gente respira fundo, sente a montanha nos abraçando e uma quietude maravilhosa se apossando de cada célula do nosso corpo?

Quando nos sentimos parte das nuvens, das águias que voam lá no alto, de Deus?

Pois é preciso subir a montanha para sentir isso!

É preciso escorregar na trilha, esfolar os joelhos, sentir o coração sair pela boca.

É preciso suar, vencer o medo, persistir.

Cair e levantar, quantas vezes forem necessárias.

Tem gente querendo chegar à paz sem ter que fazer nada nessa direção.
Que eu saiba, não existe atalho que leve ninguém ao mundo divino.

É preciso conquistar e merecer as próprias asas.

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A paz vem da aceitação.

Aceitação não é passividade.

Entenda a diferença.
Faça aquilo que sente precisar fazer para ir na direção dos seus sonhos.

Mova-se. Crie. Expresse a si mesmo.

Ninguém está dizendo que você deva ficar sentado em posição de lótus, esperando tudo acontecer.
Mas quando você já tiver feito tudo o que podia.

Entregue.

Faça as pazes com qualquer desenrolar da situação.
Confie.
Você consegue fazer isso?
Confiar que o que quer que aconteça foi orquestrado por algo maior e mais sábio do que você.

Confiar que era o melhor que poderia lhe acontecer, mesmo que não pareça ser assim. Confiar que deva existir algum sentido maior naquela experiência e a abraçar.
Isso requer humildade, algo que nossa mente arrogante reluta em nos conceder.

Só quando aprendemos a abraçar tudo, absolutamente TUDO que venha em nossa direção, podemos deixar de sentir medo.
Só assim encontramos a paz.

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Enquanto buscamos atingir nossos objetivos a partir de nosso ego, apartados dessa teia de vida que interconecta tudo o que existe, nossos avanços contam apenas com nosso esforço e com o encadeamento mental daquilo que já conhecemos ou aprendemos.

É certo que podemos caminhar por essa via e obter certa satisfação de nossos desejos.

No entanto, quando nos colocamos à serviço da totalidade, quando rendemos o ego à essa força que permeia toda a existência, verdadeiros milagres podem acontecer.
Nesse caso o avanço ocorre de forma não linear, imprevisível e absolutamente perfeita.

Sincronicidades se tornam comuns e tudo se encadeia com uma beleza que chamamos “graça”.

Não é necessário esforço e sim uma plena disponibilidade de brincar no rio da vida.
Momentos assim nos mergulham na mais bela e profunda gratidão.

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Eu sei.
Disseram a você que você nada valia, que precisava de alguém para lhe descrever o mundo e guiar seus passos.
Que precisava que alguém lhe dissesse quem você era e o que estava fazendo aqui.
Lhe disseram que seu valor estava nas suas conquistas materiais, e que a vida era difícil, e que se quisesse vencer, teria que lutar e competir.
Lhe disseram que os outros não eram confiáveis e que você não era bom o suficiente.

Você foi enganado!

Foi manipulado.

Coagido a ser menos do que é, em uma fase tão inicial de sua vida.

Numa fase em que ainda não tinha como se defender.
Mas, veja, você cresceu!

A única coisa que você precisa saber hoje é que VOCÊ É DIVINO!
Todo o resto.
Todas as outras perguntas.
Faça à divindade dentro de você.
Ouça apenas à luz que te habita.
Faça isso, e você se tornará instantaneamente livre.

 

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Integridade é coisa das mais lindas.

Quer dizer plenitude.

Inteireza.

Uma espécie elevada de pureza.

E se há tão pouca integridade nos dias de hoje, isso deve-se ao fato de que as pessoas buscam criá-la artificialmente, ao invés de permitir que flua como consequência do ato de nos conectarmos à luz que somos.

Não pode existir verdadeira integridade quando agimos cegos ao fato de que existe uma conexão plena entre nós e tudo o que existe.

Não pode existir integridade se não estamos sendo íntegros com o amor.

O amor nunca causaria mal a alguém para realizar os desejos de outrem.

A integridade só pode vir quando nos dispomos a servir nossa alma, nossa essência, a parte de nós que sabe-se em unidade com toda a vida.

Não é fácil se fazer algo assim.

Muitas pessoas queridas ao nosso redor nos rejeitarão.

As instituições não nos apoiarão.

Mas o maior desafio será nosso próprio ego, que não se entrega com facilidade.

A integridade é o caminho do guerreiro.

Requer que sejamos verdadeiros e cristalinos de uma forma muito corajosa.

Requer que não tenhamos medo de perder pessoas, de enfrentar mudanças, de ter que partir do zero se necessário.

Requer uma força interna que não pode vir de nada que conhecemos.
Requer que nos entreguemos para que a força de Deus flua através de nós.
E entendam. Quando digo Deus, não falo de um homem barbudo sentado numa nuvem.

Falo dessa força maior que brilha em cada estrela desse infinito Universo que nos acolhe.

Só o divino em nós pode ser íntegro, o resto é conversa fiada.

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Para o ego, liberdade é “fazer o que se quer”, é buscar o prazer e não querer se prender a nada, é uma busca da “liberdade a qualquer custo”, mesmo que para obtê-la tenhamos que abrir mão da nossa humanidade, do que temos de mais belo, da honestidade, da lealdade, do respeito pelo outro e até do amor.

Ser livre, para o ego, é desejar,  e o efeito colateral é nos tornarmos escravos daquilo que desejamos.

Ouçam , abrir mão de nossos princípios não é liberdade.
É irresponsabilidade e escravidão.
Essa “pseudoliberdade” desprovida de consciência almejada pelo ego não é liberdade,
e sim sua sombra, libertinagem.

Só nos tornamos verdadeiramente livres quando a liberdade vem como resultado de nossa entrega àquilo que de mais elevado existe em nós.

A liberdade real só pode vir da alma.
Um ser livre não almeja possuir, reter ou forçar o mundo a lhe dar o que quer.

A liberdade real nos deixa livres de manipulações, pois deixamos de ser controlados
pelos desejos.
Não é algo que obtemos no nosso encontro com o mundo, e sim no encontro entre nós
e nós mesmos.

Quando almejamos a liberdade real, sabemos que a busca é interna.
Passamos a agir a partir de princípios, a partir da nossa consciência.
Nos tornarmos livres da submissão, da opressão e dos condicionamentos.

Ninguém nos pode manipular ou aprisionar quando a morada de nossas asas
se encontra no mais íntimo de nós mesmos.

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Na tentativa de nos sentirmos no controle da vida, nós a reduzimos a um palco pequeno e medíocre, do qual nosso ego se sente dono e senhor.
Abençoados são aqueles de nós capazes de conviver com o não saber, capazes de superar a pequenez ansiosa do ego, abrir os braços e nos deixarmos soprar pelos ventos da alma.
A esses entre nós se destina a vastidão dos saltos sagrados, a linda liberdade do inesperado, desdobramentos que nos surpreendem a cada dia, desvendando portas secretas e nos acolhendo no berço infinitamente amoroso da vida.

Respire fundo, abra os braços e deite-se confortavelmente no colo da vida.

Não há lugar mais seguro.

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Segurança. Desejo de tantos de nós.

Queremos o emprego seguro, a viagem segura, o relacionamento seguro.

Queremos uma conta bancária que nos ajude a sentir que estamos a salvo.

Pagamos a companhias para garantir que não seremos lesados, caso sejamos roubados, surpreendidos por uma doença ou atingidos por um raio numa noite de tempestade.

Mas o que pode de fato nos proteger?

Não são as empresas de seguro ou os gerentes de nossos bancos.

Tampouco o padre que celebrou nosso casamento garantindo que estaríamos assim unidos “até que a morte nos separe”.

Quem nos protege é a nossa própria consciência, elevada em direção à luz.

Ouçam, a única segurança real é aquela que obtemos quando mergulhamos sem medo em nosso íntimo e nos colocamos docemente nos braços da vida.

Quando confiamos em nosso próprio Eu Superior.

Quando sentimos essa fagulha divina que pulsa em cada célula de nosso corpo.

Quando confiamos que o amor que nos habita irá guiar nossos passos em meio às tormentas, caso as mesmas se abatam sobre nós.

Quer segurança?

Simplesmente permita que sua alma o conduza de volta ao seu lugar.

À luz e ao amor que você verdadeiramente é.

 

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Sua atenção é o fio luminoso através do qual a realidade se torna manifesta. Energizamos e damos vida àquilo que está em nosso campo de atenção.
Dar luminosamente nossa atenção é dar amor, permitir que o observado ganhe vida.
Há muito que podemos aprender ao meditar sobre essa afirmação.
Aquilo que é observado não tem vida própria sem o observador.
No momento em que retiramos do observado nossa atenção, suas cores vão esvanecendo e aquela manifestação retorna ao campo coletivo da consciência.
Assim, tudo aquilo que existe em sua vida, considere você bom ou ruim, está sendo mantido lá por sua própria atenção.
E tudo aquilo de que você sente falta em sua vida, ou que se foi, não recebeu atenção amorosa suficiente.