o que é real-patricia-gebrim

O mundo imaterial, que se constela nesse espaço mágico por trás de nossos olhos, não é uma alegoria romântica, uma metáfora didática ou uma invenção criada para aliviar o peso da chamada realidade.

Ouça com atenção:
_ O mundo interno e imaterial “é” a realidade.

Tudo o que comumente consideramos real é a ilusão, mera projeção do que se passa dentro de nós.
Só quando compreendemos a verdade dessa afirmação é que nos libertamos das amarras da matéria, ganhamos asas e passamos a criar.

Assim…
Se o mundo lhe fere, procure perceber como anda ferindo a si mesmo.
Se o mundo lhe trai, veja como anda traindo a si mesmo.
Se o mundo lhe rejeita, perceba de que forma anda rejeitando a si mesmo.
Volte sua energia para esse espaço interno.
Esqueça um pouco o fora.
Volte-se para dentro.
Seja beleza.
Seja harmonia.
Seja amor.
Só assim essas virtudes poderão se manifestar ao seu redor, nesse espelho que chamamos realidade.

o que é o mal-patricia-gebrim

O mal brota da nossa incapacidade de sentir a dor, seja a nossa, seja a de outros.
Não há nada mais perigoso do que a anestesia, essa falta de sensibilidade que nos transforma em robôs.
Robôs nada sabem sobre o amor.
Precisamos, mais do que nunca, compreender que a batalha mais importante da nossa existência é a luta por sermos capazes se ser nós mesmos.
Respire sua verdade. Sinta. Aceite a dor, se necessário.
Jamais abra mão da sua existência.

 

 

tudo se vai um dia-patricia-gebrim

A natureza do que chamamos de realidade é a impermanência.

Tudo passa.

Não há como aprisionarmos a vida.

Este dia lindo vai passar, como tudo.

E virá o cinza no céu, e nuvens e tempestades, e outros dias, tão ou mais lindos do que esse.
As formas são transitórias, a matéria vive em constante transformação e qualquer tentativa de controle não passa de mera ilusão.
Enquanto nossa consciência se mantiver atada às formas, estaremos fadados a ser devorados pela implacável passagem do tempo, vendo nossos castelos ruírem, dia após dia, até que compreendamos que não nos cabe ser os senhores dos castelos que construímos.
Nossa tarefa é presentear o mundo com nossas criações, e seguir adiante, sempre em movimento, sem nada possuir.

Saber disso é o segredo para se viver com leveza.
Estamos aqui para servir a algo maior do que nós.

Não tentem segurar a vida na palma de suas mãos.
Abram as mãos.
A vida foi feita para voar.

oceano-patricia-gebrim

Você anseia pela imensidão do oceano, mas faz da sua vida uma piscina, com azulejos azuis e bordas delimitadas, que você acredita poder controlar.
Você sonha com o ar puro do alto da montanha, mas vive na poluída aldeia, onde se crê seguro e protegido dos predadores.
Você já desejou amar plenamente, sem restrições, entregar-se ao fogo que pulsa na boca do vulcão; mas prefere arder pequeno, como o graveto que cabe na palma da sua mão.
Assim, para nos sentirmos “donos” de nossa vida, nós a mutilamos, a reduzimos a essa experiência supostamente controlável, limitada e medíocre, que acaba por nos fazer adoecer de tédio e tristeza.
Ouça.
Quanto mais tentamos possuir a vida, mais a empobrecemos, tornando-a proporcional às limitações impostas por nossos medos.

Enquanto isso, para além das nossas fronteiras, do outro lado dos portões do conhecido, nos espera um imenso oceano em sua azul profundidade.
Nos espera a luz do Sol, em sua dourada verdade, beijando o cume da mais alta montanha.
Para além do conhecido, nos espera o infinito, e sua profunda vacuidade.
O berço de tudo.
A almejada prosperidade da criação infinita.
Não estamos aqui para viver as limitações da mente e seus controles.
Estamos aqui para brilhar, livres e sem rumo, numa intensidade tal que nos esqueçamos de nós mesmos.
Ao fazê-lo, nos tornamos o próprio oceano. Nos tornamos as montanhas, os rios, as florestas, o vento, o Sol, as Estrelas.
Nos tornamos o que sempre fomos e sempre seremos:
Essa maravilhosa explosão de infinito amor.

cooperação-patricia-gebrim

A disponibilidade para cooperar sinaliza o nível de evolução em que uma pessoa se encontra.
Quanto mais nos elevamos em consciência, mais nos sentimos em conexão com as outras pessoas e formas de vida.
A avareza, em qualquer nível, representa um empobrecimento da consciência, uma visão distorcida da realidade, baseada na separatividade.
Quando elevamos nossa vibração ao ponto de perceber que tudo o que vive está intrinsecamente conectado, a abertura do coração e a generosidade se tornam o nosso estado natural.
Cada ser vivo que existe está ligado a você em níveis muito profundos. Do santo ao pecador. Do sábio ao mais ignorante. Do curador ao assassino.
Assumir esse simples enunciado como uma verdade muda toda a nossa relação com o mundo.
Todos nós podemos ser elevados por aqueles que já estão mais perto da luz.
Todos nós temos a capacidade de elevar aqueles que ainda lutam em níveis inferiores de consciência, desde que sejamos capazes de atravessar os muros de ignorância que construímos para nos proteger.
Muros não nos protegem, apenas impedem que curemos as partes de nós que precisam de aceitação, luz e elevação.

evolucao-patricia-gebrim

Pense no que significa a palavra evolução.

O Universo continuará se desdobrando, tornando-se autoconsciente ao experienciar todas as possibilidades, incluindo as que não nos são confortáveis e muitas vezes consideramos desastrosas.

Mas quando erguemos os olhos ao céu numa noite estrelada, somos tomados por uma reverência ao sagrado e uma inocente confiança de que tudo é regido por aquela força maior que sonhou todas aquelas estrelas.

Tudo se torna divino e os chamados desastres perdem seu efeito destruidor.

Quando nos unimos à luz que somos, nos tornamos apenas crianças sagradas, brincando sob os holofotes da vida

Hoje logo pela manhã, em um grupo desses virtuais, fui chamada a opinar em uma questão. Quando expressei meu ponto de vista percebi que era como se tivesse dito que existem girafas na lua.

Ando pensando na liberdade de me tornar alguém sem opinião.  Opinião é coisa de ego. É agarrar algo, crendo que aquilo em sua mão é a verdade, sem saber que tudo o que separamos da fonte murcha e morre. Ter uma opinião é como arrancar uma flor de uma árvore e dizer-se possuidor da beleza, se é que me entendem.

Não que não vá me posicionar na vida, mas quero na boca o doce sabor de provar o néctar da flor que acabou de se abrir, e não o mel enlatado, da primavera passada. Para que isso seja possível é preciso abrir mão desse anseio de sermos os detentores do saber.

Falamos tanto em alimentos orgânicos, pois eu quero “ideias”orgânicas.

A maior parte do que pensamos equivale à sementes transgênicas. Já foram tão manipuladas que perderam sua pureza natural. Somos vítimas desse condicionamento que encapsula o nosso pensar e deixa do lado de fora a verdade, aquela coisa linda,  viva e pulsante que só existe no momento presente.

Vira e mexe eu tenho uma forma de olhar para o mundo que difere do que pensa a maioria. Às vezes não consigo encontrar um único ser humano que compreenda meu ponto de vista. E penso, ok… é só um ponto de vista. Não é meu. Não é correto. Tampouco é algo de que eu queira me apropriar. Não quero enlatar aquilo e ter que enfiar goela abaixo das pessoas. Nem agora, nem no mês que vem, ou no ano que vem. Quero, amanhã mesmo, a liberdade de pensar diferente. Fora das caixas, dos condicionamentos. Só quero a liberdade de pensar o que bem entender. Disso não abro mão. De expressar aquela coisa viva, sem ser obrigada a duvidar de sua existência, como duvidamos da existência de um animal estranho que ninguém viu ainda.

Hoje em dia, tudo nos é oferecido em caixas, inclusive nesse imenso supermercado de autoconhecimento. As bandeiras com propagandas tremulam ao vento. “Acredite nisso”. “Esta é a última descoberta”. “Eu tenho a solução para seus problemas”.

Imaginem que maravilha se as bandeiras dissessem:

_ Não há nada a saber. Tudo o que você precisa já está dentro de você.

E pronto.

Hoje é assim que penso. Você não precisa concordar, não precisa aceitar, não precisa nem mesmo entender. Se quiser, deixe-se tocar por essas palavras, e depois as esqueça.

Vá para seu próprio jardim.

Lá, eu te garanto, há uma flor que só você pode ver.

E um doce néctar, esperando por você.
Prove-o por si mesmo.

Eu tive a ideia de perguntar nas redes sociais os temas pelos quais as pessoas se interessavam. Foi muito bacana ver tanta gente se envolvendo e dando sugestões. Uma delas foi o desapego.
Para falar com você sobre o apego e desapego eu vou propor uma experiência. É para você fazer Ok?
Vamos lá?
Não importa ao que você esteja apegado… podem ser pessoas, coisas materiais, crenças, seu próprio corpo físico… Imagine agora que isso a que você se apega seja o ar.

Então… agora começa a experiência… inspire… vá trazendo o ar para dentro de você.
E então…  APEGUE-SE a ele.
Não solte de jeito nenhum!!!…

(Está segurando?)

Se apegue ao ar como tem se apegado na vida. “Esse ar é “meu”… Não deixo ir”

Segure… esse ar é SEU!!!

Segure

Não o deixe ir…

Bem… você pode até ficar roxo, mas se não soltar o ar não há como um novo ar entrar.
Segurar o ar é se separar da vida que acontece a cada respiração.
Assim, peça ajuda às células do seu corpo agora e entenda: O apego nos separa do infinito fluxo da vida.

A VIDA precisa se mover, e nos traz, em cada espiral do tempo, exatamente o que precisamos naquele instante. Isso é absolutamente perfeito. Existe uma força maior encadeando com perfeição todo e qualquer evento da nossa existência.
Folhas precisam se desprender das árvores para que outras possam nascer. Pássaros se jogam do alto de seus ninhos para que possam voar. E nós… precisamos entregar essa nossa mania de controle para que possamos viver.

O apego está relacionado ao CONTROLE.

O controle deve-se à falta de confiança na vida, na perfeição divina, falta de confiança de que o ar vai chegar de novo… É uma tentativa fadada a fracassar, você consegue perceber isso?

Você acha que controla alguma coisa?
Você pode não gostar do que vou dizer, mas a vida não é algo que você possa controlar.

Apegar-se é um caminho direto para o sofrimento, pois neste mundo efêmero, tudo está fadado a se transformar. Tudo existe para ser DESFRUTADO por nós, mas absolutamente NADA nos pertence. Até mesmo esse corpo físico devolveremos ao final.

Assim… para diminuir a força do apego em sua vida, busque mais por aquilo que existe para além do efêmero. Busque dentro de você a paz dos riachos, a leveza da brisa, a beleza dourada do Sol ao se despedir do dia.
Aprenda a sentir-se grato por cada nova inspiração.
A viver no momento presente.
Lembre-se de quem você de verdade é.
Apego é esquecimento.
“Se você sabe que é a árvore, por que apegar-se à folha que  vai?”

Patrícia Gebrim

Para viver bem é preciso amadurecer, mas como ganhar maturidade? Como aprender a fluir pela vida sem perder-se nas armadilhas emocionais? Como estabelecer relações amorosas sem os perturbadores arroubos emocionais?
Antes de mais nada precisamos compreender que amadurecer se trata de um “processo”. Não acontece só porque queremos, de um dia para o outro. Acompanhem o amadurecimento de uma fruta qualquer e compreenderão o que digo.
Todos nós fomos moldados por algo externo em nossas primeiras interações familiares e sociais. Nascemos, mas é como se isso não tivesse acontecido. Nascemos para “os outros”. Não nascemos para nós mesmos. Fomos afastados de nossa essência e, como argila, recebemos a forma que nos atribuíram. A isso chamamos “personalidade” .Não que isso tenha ocorrido por crueldade. Aqueles que nos receberam neste planeta também vieram de distorções, vocês percebem?


Enquanto permanecermos identificados com nossa personalidade, seremos inevitavelmente reféns dos condicionamentos que recebemos. Podemos nos polir um pouco aqui e ali… mas nunca haverá real liberdade de ser, entendem?
A verdade é que ainda nem nascemos. Reagimos como robôs. Somos tomados por controles que nos foram implantados quando ainda eramos por demais pequenos. Não há possibilidade de maturidade emocional se você é um robô e reage a tudo. Se é controlado pelo que vem de fora de você.


Para conquistar a paz de não mais ser um joguete na vida, você precisa nascer. Precisa passar por aquele ponto em que se afasta de tudo e todos, e vai ao encontro de si mesmo. Não estou falando de virar um ermitão e abandonar toda e qualquer interação social. Estou falando de um afastamento interno. Afastar-se do que o mundo espera de você e mergulhar na solidão de acolher a si mesmo em sua inteireza. Não é fácil se fazer algo assim. Não há bases ou referências que guiem seus passos. Apenas entrega. É preciso saltar no abismo, na confiança de que existe algo lá dentro de você, com os braços abertos, pronto a te segurar.
Amadurecer não é para qualquer um.
Alguns só envelhecem.
Há que se ter coragem.