Saber quem somos é o primeiro passo do caminho que leva à paz.
Saber quem somos, associado à coragem de expressar nossa verdade, sem edições ou medos, gera um poderoso impulso vibratório que nos empurra em direção ao alto, na direção do centro do nosso Ser, na direção desse lugar luminoso que se encontra ligado ao coração do Universo.
Quando estamos envoltos pelo coração do Universo, não existe nada ao nosso redor que não seja amor e paz.
Se você vive relacionamentos turbulentos, se vive em meio a dúvidas, conflitos ou desencontros, pergunte a si mesmo de que forma está traindo ao seu verdadeiro Ser, e saiba:
_ Ou você não se conhece o suficiente, ou tornou-se refém do medo e não está tendo a coragem de expressar plenamente a sua verdade.
A paz é uma vibração acessível a todos, mas saibam, precisa ser merecida.
Você a merece quando eleva a sua própria vibração.
Não há outro caminho possível.

O caminho para a sabedoria não segue os mesmos princípios que o caminho da biologia.
Nosso corpo amadurece como consequência natural do simples fato de estarmos vivos.
Nāo precisamos fazer nada para que isso aconteça.
A natureza o faz por nós.
A conquista da sabedoria, no entanto, é um ato da consciência.
Ninguém se torna mais sábio apenas com a passagem dos anos. Alguns se tornam apenas mais velhos, essa é a verdade.
Para ganhar sabedoria é preciso “escolher conscientemente” seguir nessa direção.
É preciso desenvolver um olhar observador, querer enxergar o que se esconde por trás das ilusões do dia a dia.
É preciso mergulhar em busca do escondido.
É preciso dedicar certa quantidade de energia a essa busca.
Se você deseja elevar-se acima da mediocridade de uma vida regida por condicionamentos que enclausuram sua alma, terá que pagar um preço por isso.
_ Você está disposto a fazer a sua parte?
A recompensa virá.
Aos que escolherem o caminho da evolução, a inevitável queda da biologia será compensada pela magnífica luz da sabedoria.
Não há forma mais linda de se escrever uma história de vida.

As paredes que sustentavam nossa forma de ser desabam, as certezas se perdem.
Olhamos para baixo e nuvens surgem inesperadamente sob nossos pés, nos roubando a sensação de firmeza e segurança.
Olhamos para cima e vemos árvores de ponta cabeça, onde deveriam estar as estrelas.
Acreditem, nunca é fácil se enfrentar um momento assim.
Algo em nós resiste, tenta se agarrar, voltar ao conhecido, encontrar alguma explicação coerente e lógica para aquela absurda falta de sentido.
Quanto mais resistimos, mais difícil tudo fica.
Você já viveu algo assim?
Pode ser muito assustador.
Mas, queira ou não, esse momento turbulento significa que algo maior assumiu o controle em sua vida.
Algo luminoso, mais sábio, sintonizado com o fluir da existência.
Algo tão forte e poderoso que você não pode conter.
Ouça. A represa da alma se rompeu e levará com ela tudo o que for necessário.
Não tente lutar contra isso.
Queira você ou não, a energia liberada derrubará as velhas instalações de seu ego, arrastará para fora de sua vida tudo o que já não sirva mais, até que um dia, após o aterrador momento, um novo dia surja no horizonte.
Nesse dia, da terra revolvida, um novo broto nascerá.
Um pequeno broto, aparentemente frágil, emergindo nú da aspereza da terra ferida.
Um pequeno broto contendo a semente luminosa de um novo futuro.
Um pequeno broto.
Um sonho de amor.
Confie.

Um dia é preciso que se encha o pulmão de ar e grite “chega”!

Um dia é preciso que você enxergue, com absoluta clareza, qual é esse padrão repetitivo que tantas vezes lhe faz mal.

Isso vem acontecendo repetidamente porque você tem permitido que aconteça.
É você que permite que lhe tratem de forma indevida.
É você que trai a si mesmo.
Se boicota.
Se menospreza. Cede a vícios.
Se vitimiza ou se coloca em situações de risco.
Aceita o inaceitável.

Só você pode colocar um fim nisso.
Encerrar esse ciclo e começar um outro, mais amoroso, mais justo, mais luminoso.
Dizer chega implica assumir responsabilidade.

Implica se comprometer em mudar e dar um basta àquilo que não faz parceria com a luz.
Dizer “chega” significa assumir as rédeas da própria vida e fazer a escolha consciente e amorosa de se tornar seu protetor.
Honrar sua capacidade de fazer tudo melhor.

Recuperar sua voz e permitir que o coração e o amor por si mesmo deem um basta nesse ciclo de autodesvalorização.
Saber dizer sim e saber dizer nāo.

Às vezes a vida se torna seca como um deserto e somos vencidos por uma exaustão que nos joga de cara no chão.
Mas, se tivermos sorte, se ainda estivermos vivos, uma lágrima há de saltar de nossos olhos cansados.

Acreditem. Uma única lágrima. É tudo o que precisamos. Uma única lágrima, vinda de nossas profundezas, daquela parte de nós que nunca morre. Vinda da nossa verdade, da nossa sabedoria, do lago sagrado que repousa no centro de nosso peito.

Uma única lágrima. Com ela vem a matriz da vida que somos, e a possibilidade do novo, do renascimento. Dessa única gota de vida, todo um deserto pode voltar a viver, se não tivermos perdido a sensibilidade, se não nos tivermos transformado em estátuas de sal.