Fazer o que todos fazem, seguir na direção do rebanho, é fácil.
Não traz grande aprendizado ou emoção, mas dá aos que caminham lado a lado a sufocada sensação de que estão acompanhados, o que basta para muitos de nós.
Se essa for a sua escolha, você precisará se conformar em aceitar e seguir as regras do grupo, aceitar em evoluir na velocidade ditada pelos passos e limitações daqueles ao seu redor.
Há muitos que escolhem esse caminho por duas razões específicas.
Não sabem ficar sós e tem medo. Temem enfrentar o mundo que se estende para além do rebanho.
Não que exista mal nessa escolha.
Somos livres para escolher o que quisermos e tudo possui o potencial de nos ensinar algo.
Mas há aqueles que querem mais.
Querem saber o que existe no pico mais alto das montanhas, querem correr livres pela mata, querem visitar lugares ainda inexplorados, querem ver o que ninguém ainda viu.
Ouça. Não há como deixar o rebanho sem que se pague um preço por isso.
Será preciso abrir mão do acolhimento, da aceitação e suposta proteção do grupo.
Digo “suposta” pois, muitas vezes, é ao matadouro que o rebanho está sendo conduzido e eu te peço agora para respirar fundo e considerar isso.
Os que se desgarram são os que se libertam.
Só se pode fazer isso sozinho.
É preciso uma imensa força interna para se fazer algo assim.
É preciso imensa coragem e ousadia.
Mas quando alguém abre suas asas e se eleva, quando paira no alto, no silêncio de sua solitude, sobre o cume das montanhas, sente-se tão pleno que o mundo inteiro cabe dentro de si.
Não existe nada mais lindo e transformador.

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